NOTÍCIA | AUTO MEDICAÇÃO

Médico morre na Bahia após se automedicar com hidroxicloroquina

Secretaria de Saúde divulgou que médico tinha histórico de hipertensão e diabetes, e apresentou dúvidas a respeito do efeito do remédio

Por: Carta Capital
Publicado em 22 de Abril de 2020 , 11h48 - Atualizado 22 de Abril de 2020 as 19h31


Ilheus.net/Reprodução

O primeiro médico vítima da covid-19 na Bahia, Gilmar Calazans, de 55 anos, morreu após fazer uso da hidroxicloroquina sem uma receita que lhe indicasse o medicamento para o seu caso de infecção. Calazans foi a óbito na segunda-feira 20 após ter sofrido uma parada cardíaca.

A piora do médico, que, segundo os familiares, vinha tendo uma recuperação estável até então, pode estar relacionado aos efeitos colaterais do uso da hidroxicloroquina – uma versão “mais leve” da cloroquina. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Calazans se automedicou com a substância e com azitromicina, e teve acesso a elas porque era médico.

“É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma”, declarou o secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas em uma postagem nas redes sociais.

 

Médico de 55 anos estava usando hidroxicloroquina para COVID-19. Ele era hipertenso e diabético, vinha em tratamento domiciliar há 4 dias, com a combinação hidroxicloroquina e azitromicina, com melhora clínica, já sem febre ou dispneia, quando apresentou um mal súbito.

 
 

 

A cloroquina e suas subsequentes variações são defendidas com afinco por parte de políticos e médicos que defendem o uso massivo do medicamento. No entanto, o Ministério da Saúde vinha tratando o uso do remédio com cautela por conta do perigo que ele representava ao sistema cardíaco dos pacientes. O presidente Jair Bolsonaro é um dos principais apoiadores do remédio, mesmo sem amplas evidências científicas que atestem a segurança do uso dele.

Segundo a Sesab, o médico tinha um histórico de hipertensão e diabetes e teve os primeiros sintomas da doença em 11 de abril. Em nota, o hospital em que Calazans estava internado, o Hospital Regional da Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus (BA), afirmou que a piora aconteceu nas últimas 48h de vida do paciente. A associação da morte com o uso do medicamento não foi esclarecida, ainda, pelo hospital.

“O colaborador permanecia em isolamento domiciliar na última semana quando nas últimas 48hs apresentou piora, sendo internado de urgência no HRCC. Neste momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos”, diz a mensagem.

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