NOTÍCIA | Vinhos

Sommelier Arthur Azevedo dá dicas de vinhos para o clima de Cuiabá

Sommelier Arthur Azevedo dá dicas de vinhos para o clima de Cuiabá

Por: Olhar Direto/Da Redação - Renê Dióz
Publicado em 28 de Maio de 2012 , 09h44 - Atualizado 28 de Maio de 2012 as 09h44


O calor quase inclemente de Cuiabá não é impeditivo para a cultura do vinho e é possível sim encontrar rótulos nas prateleiras da cidade que combinem com nosso clima e nossa gastronomia. Basta saber escolher, segundo o consultor Arthur Azevedo, um dos mais respeitados enólogos do país e diretor da Associação Brasileira de Sommeliers.

 

Azevedo esteve na capital mato-grossense na semana passada para conduzir mais uma das degustações promovidas pela rede de supermercados Big-Lar (com renda de R$ 20 mil toda revertida para o Hospital do Câncer de Mato Grosso). Em entrevista ao Olhar Direto, o sommelier deu três dicas preciosas para o público cuiabano que, muitas vezes, deixa de variar e acaba recorrendo à mesma cerveja de sempre por naturalmente não saber o que esperar depois de sacar a rolha de uma garrafa de vinho (que, apesar da diferenciada satisfação, invariavelmente custa mais que uma caixa de latas).

 

Saber procurar é a melhor maneira de fazer o dinheiro valer a pena e obter a sensação que só o vinho proporciona. Em Cuiabá, a primeira dica de Azevedo é que o consumidor procure os rótulos dos espumantes, vinhos que passam por processos de fermentação os quais lhes conferem concentrações significativas do gás dióxido de carbono – responsável pela sensação de frescor presente também em cervejas e refrigerantes.

 

“Com o clima quente, evidentemente você vai buscar vinhos que tenham frescor. A primeira coisa que vem à cabeça é espumante. De modo geral, eles são muito indicados para o clima quente, especialmente os mais frescos como os proseccos, espumantes não tão sérios como Champagne. Champagne é muito sério”, recomenda Azevedo.

 

Atrás de um bom espumante, de aromas florais e paladares frutados, o consultor lembra que o consumidor pode percorrer as prateleiras de vinhos argentinos, que hoje concentram bons rótulos do tipo. Nas seções brasileiras também se destacam garrafas como as da Vinícola Geisse, uma das pioneiras na fabricação de espumantes nacionais.

 

A segunda dica é que o consumidor procure se ater aos rótulos de vinhos brancos. Eles são sempre mais agradáveis de se beber em climas não muito “europeus” e, em Cuiabá, são garantidos mesmo durante o dia calorento. É aí que entra a uva sauvignon blanc, um nome para se anter na cabeça sempre que for à busca de uma garrafa no supermercado ou na adega.

 

O Chile, destaca Azevedo, tem tido sucesso na produção desta uva, mas há produções argentinas de outras uvas brancas se popularizando significativamente, caso do Crios Susana Balbo Torrontés 2011: um dos cinco vinhos da última degustação promovida pelo BigLar, é um “vinho de piscina” para beber gelado, com álcool discreto, cítrico, leve. E o melhor, de preço bem acessível.

 

Para quem quiser variar ainda mais, a terceira dica do sommelier é a uva da casta riesling, muito produzida na Alemanha mas também cultivada com sucesso no Chile (região de Casablanca, também responsável pela ótima produção de Chardonnay).

 

“As pessoas esquecem, pensam que vinho alemão é só vinho de garrafa azul, aqueles vinhos de má qualidade. A Alemanha tem grandes vinhos da uva riesling que são maravilhosos para climas quentes e, além disso, a riesling é uma uva que se comporta muito bem do ponto de vista de gastronomia. Combina muito bem com peixes e defumados. Com esses peixes do Pantanal seria perfeito”, empolga-se o consultor.

 

Auto Posto Arinos LTDA
Exatas Contabilidade
Soluti - Exatas Contabilidade
Sicredi

JUARA MATO GROSSO



MAIS NOTÍCIAS


Interessado em receber notícias em seu e-mail?
Nós o notificaremos e prometeremos nunca enviar spam.


2002 - 2024 © showdenoticias.com.br