NOTÍCIA | DESOCUPAÇÃO

Produtores vão a Brasília tentar evitar desocupação de terra indígena de MT

Produtores vão a Brasília tentar evitar desocupação de terra indígena de MT

Por: G1 MT
Publicado em 11 de Setembro de 2012 , 03h43 - Atualizado 11 de Setembro de 2012 as 03h43


Representantes da comunidade Posto da Mata, que fica em Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, vão participar de uma reunião nesta quarta-feira (12) em Brasília para pedir a suspensão da decisão judicial que determinou a retirada deles da terra indígena Marãiwatsédé.
 


Conforme a Associação dos Produtores Rurais da Área Suiá Missú, a reunião está marcada para as 10h na Secretaria Geral da Presidência da República e a expectativa é de que pelo menos 200 moradores da comunidade sigam para a capital federal na tentativa de acompanhar a reunião.
 

 
Sete mil não-índios ocuparam o local há cerca de 20 anos e disputam com os indígenas o direito de permanecer nas terras.

 

 A extensão do território em questão supera 165 mil hectares e uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a saída das famílias do local.

 

 Mesmo com a decisão judicial, os moradores se recusam a deixar a área e tentam buscar apoio para que as cerca de 1,8 mil famílias continuem morando na comunidade que já conta com escolas, farmácias e até postos de saúde.
 

 

Disputa longa


 Conforme a Fundação Nacional do Índio (Funai), o povo xavante ocupa a área Marãiwatsédé desde a década de 1960.

 


 Naquela época, a Agropecuária Suiá-Missú instalou-se na região.

 


 Em 1967, índios foram transferidos para a Terra Indígena São Marcos, na região sul de Mato Grosso, e lá permaneceram por cerca de 40 anos.
 


No ano de 1980, a fazenda foi vendida para a petrolífera italiana Agip e a empresa foi pressionada a devolver aos Xavantes a terra durante a Conferência de Meio Ambiente no ano de 1992, realizada no Rio de Janeiro (Eco 92).

 


 A Funai diz que neste mesmo ano - quando iniciaram-se os estudos de delimitação e demarcação da Terra Indígena - a área Marãiwatsédé começa a ser ocupada por não índios.
 

 

Em 1998 ocorreu a homologação da terra indígena.

 

No entanto, sucessivos recursos impetrados na Justiça marcam a divisão de lados entre os produtores e indígenas. A Funai diz que atualmente os índios ocupam uma área que representa apenas 10% do território a que têm direito.

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