NOTÍCIA | Cultivo de Morangos

Produtor do ES desenvolve sistemas de cultivo de morango sem agrotóxico

Controle biológico de pragas é usado em estufas e a céu aberto.

Por: GLOBO RURAL
Publicado em 27 de Outubro de 2014 , 09h49 - Atualizado 27 de Outubro de 2014 as 09h49


A Pedra Azul, principal atração turística do município de Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo, é rodeada de pequenos sítios que produzem hortaliças, verduras e frutas.

O sítio Penha Azul se especializou na produção de morangos orgânicos. Os frutos maiores são vendidos in natura no local. Os menores e com pequenos defeitos, Penha, a proprietária, usa no preparo de bolos, doces e compotas. Os produtos são oferecidos aos turistas que fazem a rota chamada Caminhos do Campo.


Quem cuida da plantação é o marido dela, Zulmiro Módulo, que se apresenta como o homem que nasceu de novo depois que abandonou o plantio de tomate e alho, cultivados no sistema convencional.

 

Zulmiro Módulo é o maior produtor de morangos orgânicos do Espírito Santo ele produz 40 toneladas por ano. Para se adaptar ao sistema, Zulmiro contou com a orientação do engenheiro agrônomo Jacimar de Souza, pesquisador do Incaper, Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural.


Jacimar e Zulmiro desenvolveram um verdadeiro laboratório a céu aberto, onde são testadas várias técnicas de nutrição, controle de pragas e de doenças do morangueiro.

Nos dois sistemas de cultivo, a produção em estufas e a céu aberto, a terra dos canteiros é coberta com plástico. Isso ajuda a manter a umidade do solo, evita a perda de nitrogênio, controla o mato e mantém os frutos limpos.

 

A produção de morangos fora da estufa é feita na seca para evitar o excesso de umidade que favorece o aparecimento de doenças. A cada seis canteiros, dois são de refúgio para evitar ácaros e outras pragas.

 

A colheita do morango a céu aberto é feita a partir do mês de junho, mas o terreno começou a ser preparado em dezembro do ano passado. Toda a área foi cultivada com crotalária, uma leguminosa, que fixa nitrogênio no solo e favorece o enraizamento do morango. Em março começa a preparação dos canteiros. É usado um composto orgânico feito com esterco e restos de culturas.


“A sustentação da carga de produção ao longo do campo é feita com a terceira estratégia que é a biofertilização liquida via solo”, explica o engenheiro agrônomo.

 

O biofertilizante é preparado dentro de uma caixa de plástico. “Para uma caixa d’água de mil litros de água, ele é feito com 100 quilos de composto orgânico, 50 quilos de mamona triturada, 10 quilos de cinza e 300 gramas de boro. Depois de 10 dias de fermentação, o agricultor pega esse líquido da solução, leva para um sugador da linha de gotejamento. Essa solução, a medida que vai irrigando o campo ela vai sendo sugada para fertilizar as plantas”, orienta.


A diferença principal da produção de morangos orgânicos nas estufas é que em ambiente controlado, o morango pode ser produzido o ano inteiro. “Os pintinhos ajudam a comer os bichinhos que são pragas para os morangos, como os grilos”, explica o agricultor.

 

A principal praga do morango é o ácaro. O ácaro rajado, um bichinho minúsculo, parente da aranha, suga as folhas do morango. Seu inimigo natural é um parente dele: o ácaro vermelho. Quando a infestação é muito alta é preciso soltar os inimigos naturais na estufa. Eles são produzidos em laboratório, e segundo Jacimar podem ser encontrados facilmente no mercado.

 

“Hoje as estratégias de controle biológico e as ofertas de produtos no mercado está muito grande. O controle biológico funciona muito bem, pode e deve ser utilizado, não só em sistemas orgânicos, inclusive em sistemas convencionais”, alerta engenheiro agrônomo Jacimar de Souza.

 

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JUARA MATO GROSSO



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