NOTÍCIA | ILPF

Pecuaristas da Acrimat e Acrinorte acompanham pesquisas com ILPF na Embrapa Agrossilvipastoril

Por: Assessoria de Imprensa d Embrapa Sinop
Publicado em 09 de Outubro de 2015 , 07h34 - Atualizado 09 de Outubro de 2015 as 07h34


Um grupo formado por pecuaristas da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) visitou a Embrapa Agrossilvipastoril na manhã desta quinta-feira para acompanhar o andamento de pesquisas com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

 

As duas instituições são parcerias da Embrapa neste trabalho, sendo que a Acrinorte fornece os animais usados no experimento e a Acrimat ajuda a custear as despesas de manutenção do rebanho e das atividades de rotina.

 

O grupo foi recebido pela chefia da Embrapa Agrossilvipastoril e por pesquisadores. Inicialmente foram apresentados os primeiros resultados coletados no experimento, que teve a fase de pecuária iniciada no mês de maio.

 

De acordo com o pesquisador Bruno Pedreira, esses dados preliminares mostram apenas o início da avaliação, com o desempenho animal no período de seca. Mas mesmo assim, os números de ganho de peso, taxa de lotação e produção de forragem já são muito positivos, sobretudo nos talhões em que a pastagem sucede à lavoura.

 

Também foram apresentados alguns dados sobre a perda de água e de solo em cada sistema produtivo.

 

"Nosso objetivo é o de aumentar a quantidade de dados apresentados ano a ano e conseguir relacioná-los com o balanço de carbono do sistema e com a avaliação econômica de cada sistema produtivo", explica Pedreira.

 

Após a apresentação, os produtores visitaram o campo experimental, onde viram os diferentes tratamentos de ILPF, a estrutura de manejo dos animais, acompanharam o desenvolvimento dos bezerros e conheceram diferentes instrumentos de medição das emissões de gases causadores do efeito estufa, como o GreenFeed, usado para medir o metano emitido pelos animais por eructação, e as câmaras manuais e automáticas, usadas para medir as emissões do solo de óxido nitroso e gás carbônico.

 

O grupo ainda visitou a área com pesquisas com plantas forrageiras. Neste espaço puderam conhecer cultivares recém lançadas, como a BRS Tupi e a BRS Tamani, e viram outras que estão em fase final de testes para serem lançadas nos próximos anos.

 

Ao fim da visita, o presidente da Acrinorte, Invaldo Weis, ressaltou o papel dessas pesquisas para subsidiar a tomada de decisão por parte dos pecuaristas, sobretudo em relação aos sistemas integrados de produção.

 

"Essas pesquisas são importantes para aproximar o produtor do que está acontecendo para ele não errar em sua propriedade", afirma.

 

O vice-presidente da Acrimat, Jorge Basílio, ficou com uma boa impressão do que viu durante a visita e ainda destacou a importância estratégica da geração de informações sobre emissões de gases de efeito estufa pela pecuária.

 

"Com esse trabalho, vamos poder saber exatamente qual a quantidade de gás metano que o boi emite. Vamos poder dizer para o resto do mundo qual a realidade das emissões da pecuária de Mato Grosso", afirma.

 

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Austeclínio Farias Neto, visitas como esta são importantes para a aproximação com os parceiros e para que eles possam acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e a geração dos resultados, além de contribuírem com os rumos da pesquisa.

 

"É uma troca de informações que gera discussões sobre novos caminhos em que devemos trabalhar. Além disso, mostramos aos parceiros que estamos trabalhando de maneira responsável e profissional para atender às demandas do setor", afirma Farias.

 

Experimento de ILPF

 

A parceria entre Embrapa Agrossilvipastoril, Acrimat e Acrinorte é voltada para pesquisas com integração lavoura-pecuária-floresta com foco na produção de gado de corte. Em um experimento de 72 hectares, são avaliados dez diferentes sistemas produtivos, sendo lavoura, pecuária e floresta exclusivas, a integração de dois componentes (lavoura-pecuária, pecuária-lavoura, lavoura-floresta, pecuária- floresta) e a junção dos três componentes num mesmo ano (ILPF).

 

O experimento foi instalado no fim de 2011 com o plantio das árvores e as primeiras lavouras de soja e milho. A pecuária começou a ser avaliada no sistema em 2015, após a formação das parcerias com as associações de criadores.

 

Ao todo, mais de 20 pesquisadores, de diferentes especialidades trabalham neste experimento avaliando características de solo, emissões de gases de efeito estufa, dinâmica hídrica, agrometeorologia, dinâmica de pragas e doenças, desempenho animal e vegetal, conforto térmico, aspectos econômicos, entre outras questões.

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JUARA MATO GROSSO



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