Mais três países restringem a compra de carne de MT
Mais três países restringem a compra de carne de MT
Egito, Irã e Argélia impuseram restrições à carne bovina de Mato Grosso por conta de um caso atípico da doença conhecida como "vaca louca" registrado em um frigorífico no Estado.
A informação foi dada à agência Reuters pelo diretor-presidente da empresa de alimentos Marfrig, Sérgio Rial.
O Peru já havia imposto embargo temporário, de 180 dias, à carne procedente do Brasil, na semana passada.
Egito, Irã e Argélia foram, respectivamente, o quarto, o sexto e o nono maiores importadores de carne bovina in natura do Brasil em 2013, de acordo com dado da indústria.
"As restrições impostas, até o momento, foram muito coerentes, porque foram restritas ao Mato Grosso", disse Rial, em conferência para comentar os resultados da companhia no último trimestre.
O laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou que o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido como "mal da vaca louca", encontrado em Mato Grosso é "atípico", segundo oa Agricultura.
O ministério disse que um teste realizado no laboratório de Weybridge, do Reino Unido, ratifica resultado das investigações epidemiológicas realizadas no Brasil.
Trata-se de um caso espontâneo, que não tem qualquer correlação com a ingestão de alimento contaminado.
Fiscalização
A unidade do Ministério Público Federal em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) instaurou um inquérito civil público para fiscalizar como é desenvolvido o trabalho de vigilância e controle sanitário pelos órgãos estadual e federal que atuam em Mato Grosso.
Para dar inicio ao trabalho, o procurador da República Thales Fernado Lima requisitou informações ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O órgão quer saber como é desenvolvida a atividade de vigilância e fiscalização, padronização e a classificação dos produtos e subprodutos de origem animal, na região Oeste de Mato Grosso.
É nessa região que está localizado o município de Porto Esperidião (326 km a Oeste da Capital), onde foi identificado um animal com suspeita de estar com a doença encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida popularmente como “mal da vaca louca”.
O Indea e o Ministério da Agricultura também deverão apresentar informações ao MPF sobre as medidas de controle sanitário foram adotadas a partir da suspeita de contaminação do animal em Porto Esperidião.
Segundo o procurador Thales Fernando Lima, a abertura do inquérito civil público e a requisição de informações aos órgãos de vigilância são a primeira etapa do trabalho de fiscalização de como está sendo desenvolvido o trabalho de vigilância sanitária na região da fronteira oeste de Mato Grosso.
Outras medidas poderão ser adotadas a partir das informações trazidas pelos órgãos e pelo frigorífico onde o animal seria abatido.
Frigorífico
O animal com suspeita de doença foi vendido para ser abatido pela JBS-Friboi, na unidade de abatedouro no município de São José dos Quatro Marcos.
À empresa, o MPF requisitou requisitou informações sobre as medidas adotadas após a suspeita de contaminação do animal.
O prazo para que o Indea, Mapa e a JBS-Friboi respondam é de cinco dias, a contar da data do recebimento do ofício do MPF.
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