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Maggi: Uruguai, se recorrer à OMC ou outro órgão, terá direito de exportar leite ao Brasil

Por: Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de Outubro de 2017 , 01h48 - Atualizado 17 de Outubro de 2017 as 01h48


O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu hoje (16) que a suspensão das importações brasileiras de leite do Uruguai, anunciada na última terça-feira (10), é provisória e passível de questionamento do país vizinho junto aos organismos internacionais. "Não é medida definitiva e não conseguimos segurar isso por muito tempo, até porque se eles (Uruguai) recorrerem à OMC ou a qualquer organismo internacional, eles têm direito de vender leite para o Brasil", disse o ministro em um evento sobre o setor, em Prata (MG).
 
A suspensão da importação de leite do Uruguai por tempo indeterminado ocorreu por suspeitas de que o alimento não seja totalmente produzido naquele País. O governo avalia que o Uruguai importava o leite da Argentina e reexportava ao Brasil, com custos ainda competitivos em relação ao produzido aqui. Técnicos do ministério irão ao Uruguai nesta semana, segundo Maggi, para avaliar o mercado de leite daquele país e negociar uma saída para o impasse.
 
Maggi, que na semana passada cobrou do Uruguai a prova de que 100% daquele leite exportado ao Brasil tinha origem local, adotou uma postura mais diplomática e tirou do país vizinho a culpa do aumento nas compras externas da bebidas pelo Brasil. "O Uruguai não é o culpado por isso, mas os nossos importadores são os culpados, pois entram e saem do mercado, derrubando preços. O volume de leite não é tão importante, mas a forma como entra", ponderou o ministro.
 
No entanto, Maggi manteve a posição de que o mercado de leite precisa ser regulado com a adoção de uma cota de exportação para o Uruguai, como a de 5 mil toneladas mensais adotada no comércio do produto entre Brasil e Argentina. O ministro defendeu também a exclusão do leite da lista de produtos com livre comércio entre Países do Mercosul, o que já ocorre com o açúcar por pressão da Argentina.
 
Recentemente, Maggi tentou negociar cotas de venda de açúcar com os argentinos com o argumento de que facilitaria as exportações da commodity em um futuro acordo entre Mercosul e União Europeia, mas não obteve sucesso. O ministro disse ter exposto o "grau de deterioração" do setor leiteiro na última sexta-feira (13) ao presidente Michel Temer. Entretanto, ele admitiu que Temer "fica inibido" em discutir a questão com os países vizinhos por ser presidente do Mercosul.
 
Maggi afirmou também que o governo tem instrumentos para retirar leite do mercado, com a compra do produto para estoques ou alimentação, mas que não há orçamento para operações desse tipo. 
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JUARA MATO GROSSO



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