NOTÍCIA | ferrugem asiática

Especialistas alertam para ferrugem asiática no Estado; prejuízo atinge US$ 10 bilhões em uma década

Especialistas alertam para ferrugem asiática no Estado; prejuízo atinge US$ 10 bilhões em uma década

Por: Só Notícias/Agronotícias
Publicado em 26 de Dezembro de 2016 , 16h47 - Atualizado 26 de Dezembro de 2016 as 16h47


O monitoramento nas lavouras é a principal recomendação feita pelos pesquisadores. Isso porque o fungo prolifera rápido e é de difícil detecção. Os primeiros sintomas são caracterizados por minúsculos pontos, que só se tornam visíveis quando os danos são irreversíveis. “O mais comum é o fungo chegar a partir do florescimento, isso porque, quanto mais velhas, mais fechadas as plantas ficam e, consequentemente, mais úmidas”.
 
A detecção de um foco em um determinada região, como já ocorreu nesta safra em Mato Grosso, com a confirmação da doença em União do Sul (631 quilômetros de Cuiabá), é sinal de alerta para todo o segmento. Isso porque o fungo é transportado por via aérea. Os ventos carregam os focos da praga para áreas onde ela não existia. Por isso, mesmo que esteja livre da doença, é preciso fazer a prevenção e ficar sempre atento.
 
Siqueri ressalta que, diante de todas as características da ferrugem, a prevenção é a principal arma dos sojicultores. “Não dá para esperar ela aparecer. Mesmo fazendo o controle é possível que ocorra a infestação, mas os danos serão bem menores e o combate mais fácil, ou seja, o potencial de perda será menor. A detecção de um foco em uma região, por exemplo, também pode mudar as estratégias de combate, como por exemplo, antecipar uma aplicação para ter uma maior eficiência no controle”.
 
As pesquisas realizadas pela Fundação MT buscam apresentar estratégias para auxiliar os produtores mato-grossenses, como por exemplo, o uso de fungicidas, plantio mais cedo e uso de variedades mais precoces da oleaginosa.
 
Diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, lembra que, desde o surgimento da ferrugem no Estado, o setor não descansou mais em busca de ferramentas de controle para minimizar as perdas nas lavouras. De início, lembra ele, foram necessários quatro anos somente para definir o tratamento ideal para combater o fungo e minimizar os danos nas plantações. “Foi um período de adaptação, aprendizado e prejuízos monstruosos, até encontrar o melhor manejo e produtos adequados”.
 
Quando o setor começou a se tranquilizar, produtos que estavam sendo utilizados perderam a eficiência no combate ao fungo. “De um ano para outro o produto não funcionou. O fungo criou resistência e tomou conta de novo de algumas lavouras, causando prejuízos enormes novamente. Em algumas propriedades a perda foi de 10 sacas por hectare”.
 
Para evitar que isso aconteça novamente, a Aprosoja lançou uma campanha anti resistência, alertando aos produtores sobre a importância da alternância de produtos e modos de ação, tanto de um safra para outra quanto para o mesmo ano. Isso para fungicidas se estendendo também para herbicidas, já que existem muitas plantas daninhas que também podem apresentar resistência. “Erradicar a ferrugem é impossível. Mas se os produtores fizerem o trabalho correto, podem minimizar os prejuízos”.
 
As informações são do jornal A Gazeta.
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JUARA MATO GROSSO



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