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Doença do mormo já causou morte de 18 cavalos em Mato Grosso

Por: Agronoticias
Publicado em 06 de Julho de 2015 , 09h07 - Atualizado 06 de Julho de 2015 as 09h07


Vinte e sete animais já foram sacrificados, em Mato Grosso, em decorrência de mormo, doença infectocontagiosa, sem cura e ainda desconhecida na região.
 
O primeiro foco no Estado foi registrado em 2014 e atualmente, existem 18 confirmações em saneamento nos municípios de Acorizal, Cuiabá, Jangada, Juara, Nobres, Nortelândia, Nova Lacerda, Nova Nazaré, Novo Santo Antônio, Poconé, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Salto do Céu e São José do Povo. Oito propriedades estão interditadas aguardando resultado do exame confirmatório. Uma propriedade em Castanheira está saneada.
 
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil possui o maior rebanho de equinos da América Latina e o terceiro mundial. Somados aos muares (mulas) e asininos (asnos) são 8 milhões de cabeças. A região Centro-Oeste tem a terceira maior população de equídeos. Só em Mato Grosso, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), existem 306.931 equídeos, conforme o Diário de Cuiabá.
 
Conforme o Indea/MT, uma das principais medidas de controle é a exigência da apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) onde constam, entre outros, os dados referentes aos animais transportados sua origem/destino e são relacionados os exames negativos anexo, obrigatórios para o trânsito interestadual: exame de mormo, atestado de ausência de sinais clínicos de mormo, e do exame de AIE.
 
Para participação em exposições agropecuárias e demais eventos com aglomeração de animais, como leilões, prova de laço e cavalgadas, além dos exames citados é necessário que o animal tenha sido vacinado contra a influenza equina.
 
Em caso de suspeita o produtor deve procurar o Indea/MT do seu município, que providenciará atendimento veterinário na propriedade, onde será realizada a inspeção clínica do animal e, se confirmada a suspeita, a coleta de amostras para análises laboratoriais. O material é encaminhado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), laboratório oficial do Mapa, para a realização do exame confirmatório, técnica de Western Blotting.
 
Quando existe a suspeita em virtude de exame laboratorial ou clínico, são tomadas medidas como a interdição para o trânsito de animais. O isolamento dos equídeos suspeitos do restante dos animais da propriedade.
 
No foco da doença, onde foi detectado pelo menos um caso confirmado, é realizado o saneamento da propriedade que consiste na realização de uma série de exames clínicos e laboratoriais, seguidos do sacrifício dos animais positivos, até que comprovadamente não haja mais nenhum equídeo infectado.
 
A propriedade é considerada saneada quando forem obtidos dois exames negativos consecutivos de toda a tropa, condição para o encerramento do foco com a desinterdição da propriedade. Todo material que esteve em contato com os animais precisa ser desinfectado.
 
Sanidade - As principais doenças que acometem os equídeos e estão sob controle do Serviço Veterinário oficial são: Anemia infecciosa equina (AIE), raiva, influenza equina, encefalite equina e o mormo. Esta última tem causado preocupação para alguns criadores e nas autoridades sanitárias de Mato Grosso, uma vez que se trata de uma doença sem cura e ainda desconhecida na região e com casos recentes confirmados.
 
Mormo é uma doença que não tem tratamento e os animais positivos devem ser sacrificados para reduzir o risco de disseminação da doença para animais sadios. E aqui, é onde entra o trabalho do Indea/MT, como gestor da defesa sanitária animal no Estado, desempenhando a vigilância e o saneamento das propriedades focais, para controlar a doença e evitar prejuízos ao criador. O sacrifício é realizado somente por médico veterinário oficial, em Mato Grosso, do Indea/MT.
 
Os animais acometidos podem apresentar febre alta, perda de apetite, dificuldade para respirar com tosse, secreção nasal, aumento dos gânglios linfáticos, nódulos e úlceras na mucosa nasal e debilitação progressiva. A infecção se dá pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes).
 
O mormo é uma doença infectocontagiosa dos equídeos causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Apesar do seu potencial zoonótico não há nenhum caso registrado em humanos no Brasil.
 
Histórico- No Brasil, a primeira descrição é de 1811, de acordo com a literatura científica a doença pode ter sido introduzida no país por animais infectados e importados da Europa. Após um período de aproximadamente 40 anos sem registros da doença, foram encontrados animais com sinais clínicos em Pernambuco e Alagoas.
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JUARA MATO GROSSO



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