O agricultor Antônio Galvan comecou a colheita do grão nos 2,7 mil hectares cultivados na propriedade em Vera, no norte de Mato Grosso. O produtor, que aproveitou a trégua da para colocar as máquinas no campo, espera colher 55 sacas de soja por hectare. “Eu acredito que esse foi o ano que mais choveu em Mato Grosso”, diz.

 
Segundo o IMEA, Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, cerca de 25% da área cultivada com soja já foi colhida. Esse é um avanço já que na semana passada o índice beirava 10% porque a chuva impedia os trabalhos. A umidade causou problemas para as lavouras.

 
O excesso de chuva prejudicou a aplicação de fungicidas, o que deixou a lavoura mais suscetível a doenças. O agricultor Paulo Lauchen calcula os prejuízos na propriedade em Sinop, no norte do estado, onde foram plantados 2,3 mil hectares de soja. Segundo o produtor, a ferrugem asiática irá comprometer grande parte da produção.

 
“No ano passado eu colhi nessa área 150 mil sacas de soja. Esse ano, minha previsão é de cem mil sacas, com uma quebra de 33%”, calcula Lauchen.