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Chineses, sul-coreanos e tailadeses conhecem produção de algodão em Mato Grosso

Por: Sonoticias
Publicado em 24 de Agosto de 2015 , 14h37 - Atualizado 24 de Agosto de 2015 as 14h37


A missão de compradores de algodão que visitam Mato Grosso e outros dois estados produtores de pluma, desembarcou em Primavera do Leste (a cerca de 300 km de Cuiabá) semana passada.

 

Após conhecerem Sapezal, no Noroeste mato-grossense, os visitantes (cinco chineses, cinco tailandeses e três sul-coreanos) seguiram para o Leste do estado em voo fretado, com uma parada de cerca de duas horas em Cuiabá, especialmente para uma audiência com o governador Pedro Taques, o vice-governador Carlos Fávaro e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo.

 

Os visitantes cumpriram extensa programação em Primavera do Leste, iniciada com uma visita ao Laboratório de Classificação Tecnológica da Unicotton, cooperativa formada por produtores da região Centro Leste – uma das mais tradicionais na produção de algodão. Foram recepcionados pelo presidente Otávio Palmeira dos Santos, que lhe apresentou as instalações dos laboratórios de análise e classificação de pluma (visual e HVI), avaliados por órgãos externos entre os melhores do mundo.

 

O coordenador de Classificação, Valmir Lana, mostrou detalhes do processo de análise e classificação, destacando os aspectos considerados - micronaire, resistência e comprimento do fio - para que a pluma seja considerada de maior ou menor qualidade. João Luiz Ribas Pessa, integrante do Conselho Consultivo da Unicotton, também acompanhou a visita.

 

Em seguida, o grupo visitou a fazenda Buritis, dos irmãos Romeu e Canísio Froelich, a seis quilômetros da cidade, onde puderam acompanharam a colheita do algodão feita com tecnologia de ponta. O próximo compromisso foi a visita à Unidade Experimental do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), fundado por produtores associados à Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão).

 

O grupo conheceu casas de vegetação e laboratórios, onde são conduzidos experimentos e projetos visando o desenvolvimento de novas tecnologias (como variedades de sementes transgênicas e convencionais com resistência e/ou tolerância a nematoides e principais pragas e doenças do algodoeiro) e também o controle de pragas, como o bicudo-do-algodoeiro e outros problemas enfrentados nas lavouras.

 

Os estrangeiros foram recebidos pelo produtor Gustavo Piccoli, que é presidente da Ampa e do IMAmt, pelos diretores executivos das duas instituições (Décio Tocantins e Alvaro Salles, respectivamente) e pelo time de pesquisadores: Rafael Galbieri, Patrícia de Andrade Vilela, Jean Belot, Edson Ricardo de Andrade, Leonardo Scoz, Jacob Crosariol Netto, Eduardo Barros, Alberto Boldt, Alberto Souza Boldt, Elio de La Torre e Rogério Sá.

 

À noite, os compradores participaram de um jantar oferecido pela Ampa, que contou com a presença de produtores de várias regiões de Mato Grosso. A missão de compradores é promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com tradings (ECOM, Louis Dreyfus, Reinhart e Cargill) e apoio das entidades estaduais de Mato Grosso, Bahia e Goiás – os três estados que lideram a produção e as exportações brasileiras de pluma. O presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen Rodrigues, e o vice-presidente Arlindo Moura, estão acompanhando a missão, que se encerrará em Brasília, nesta sexta-feira.

 

Em contato com os produtores mato-grossenses, os representantes das tradings enfatizaram sempre a questão da qualidade da pluma mato-grossense e o presidente da Ampa, Gustavo Piccoli, falou sobre os esforços dos cotonicultores de Mato Grosso no sentido de assegurar a qualidade desejada por compradores nacionais e internacionais, inclusive através do programa de Qualidade da Fibra de Algodão de Mato Grosso. Daniel Ballestrin, vice-presidente da Reinhart, disse que a pluma brasileira hoje compete em condições de igualdade com a fibra norte-americana (os Estados Unidos são os maiores exportadores mundiais de algodão e o Brasil ocupa a terceira posição).

 

Na avaliação de Piccoli, as missões de compradores são importantes para que os importadores conheçam melhor a cotonicultura mato-grossense e brasileira como um todo, vejam o nível de investimento em tecnologia e o comprometimento dos produtores, e também para que os agricultores saibam que tipo de fibra os importadores estão demandando, de forma a ajustar os interesses dos dois lados.

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JUARA MATO GROSSO



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