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Avicultores pedem apoio em Mato Grosso

Por: Diário de cuiaba
Publicado em 19 de Agosto de 2015 , 17h03 - Atualizado 19 de Agosto de 2015 as 17h03


Mesmo registrando abate de mais de 227 milhões de aves em 2014, os avicultores de Mato Grosso ainda enfrentam muitas dificuldades. Entre elas estão a produção integrada e as relações contratuais desse sistema.

 

Para discutir o assunto e contribuir com o fortalecimento das Associações dos Avicultores de Mato Grosso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), promoveu uma reunião na última semana que atraiu a participação de 40 produtores integrados de aves.

 

Os avicultores vieram de Campo Verde, Lucas do Rio Verde, Nova Marilândia, Nova Mutum, Sorriso e Tangará da Serra. "Uma das missões da Famato é estimular e dar suporte aos produtores do estado para que possam motivar, incentivar e tornar realidade toda e qualquer cadeia produtiva. A avicultura é extremamente importante, tanto pelo consumo interno de milho e soja, quanto pela geração de emprego e renda para o estado. Talvez seja a cadeia que está no topo das necessidades de alavancagem", pontuou o diretor Administrativo e Financeiro da Famato, Nelson Piccoli.

 

As relações contratuais entre integrador (agroindústria) e integrado (produtores pertencentes à mesma unidade) são feitas por meio de contratos em que são especificadas as condições de produção e/ou comercialização. Ajustar os contratos ainda é um desafio para o setor, pois, em muitos casos, os contratos estão vencidos, desatualizados ou tendencioso e com excesso de responsabilidades para os produtores.

 

Segundo o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Victor Ayres, o modelo de remuneração adotado pelo sistema de integração é o principal problema. "O modelo não é discutido com critérios e diretrizes bem definidas sobre o que deve pesar na remuneração ao produtor", afirmou.

 

Segundo Ayres, o sentimento do produtor integrado é que o atual modelo se esgotou já que a complexidade das fórmulas de remuneração, a falta de transparência das informações e o desequilíbrio do poder de barganha entre as partes geram um leque de possibilidades para que algumas indústrias balizem os indicadores e resultados em benefício próprio.

 

No Paraná, estado responsável por quase 35% das exportações de aves brasileiras, o setor avícola é forte e envolve cerca de 20 mil famílias na produção. A cadeia produtiva é a segunda com o maior Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuário do estado.

 

"Tem muitos municípios no Paraná que vivem essencialmente da avicultura. São municípios cuja economia se dá em torno da produção de aves", contou o médico veterinário do departamento técnico-econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), Celso Dôliveira, que também participou da reunião.
 


A carne de frango foi o destaque nas exportações em julho com 746 milhões de dólares negociados equivalente a 440 mil toneladas, segundo matéria publicada neste DIÁRIO domingo.

 

Na segunda parte da reunião, os representantes dos avicultores de cada município de Mato Grosso apresentaram suas realidades e discutiram a reestruturação da Associação Mato-Grossense de Avicultura Integrada (Amavi).

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JUARA MATO GROSSO



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