A colheita começa a engrenar nesta semana em Mato Grosso e no Paraná sob a previsão de que o transporte da produção custe 10% a mais do que em 2013
A colheita começa a engrenar nesta semana em Mato Grosso e no Paraná sob a previsão de que o transporte da produção custe 10% a mais do que em 2013
"O grande problema é a disponibilidade de caminhões", disse a pesquisadora Natália Trombeta, da Esalq Log, braço de pesquisas sobre logística da conceituada Escola Superior de Agricultura, que estimou esse reajuste. A safra brasileira de soja - principal produto agrícola de exportação do país - deverá crescer 11%, para 91 milhões de toneladas.
Além da pressão da demanda por transporte, o reajuste de 10% é atribuído ao encarecimento do diesel. A Petrobras aprovou três reajustes para o diesel nas refinarias ao longo de 2013: 5,4%, 5% e 8%. "Teve 15% de aumento [nos postos] sobre uma fração muito importante do frete", disse Neuto Reis, diretor técnico da NTC&Logística, associação que reúne 3 mil transportadoras. O óleo diesel, segundo ele, responde por até 40% dos custos dos fretes de longa distância.
A alta no custo com o transporte ocorre sobre os elevados patamares de 2013, quando uma nova legislação trabalhista impôs limites à carga horária dos caminhoneiros. Escalada 35% de reajuste no frete de Mato Grosso para Santos foi registrado no ano passado, quando o transporte de uma tonelada de soja ultrapassou a marca de R$ 300.
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